No último domingo, dia 21 de junho, foi realizada o WordCamp Brasil.
Mas, afinal, o que é um “WordCamp”?
O “WordCamp”, foi idealizado por Matt Mullenweg, criador do WordPress (sem o qual este site, por exemplo, não existiria), e fundador da Automattic (empresa que mantém e desenvolve a plataforma de publicação); e ocorreu, pela primeira vez, em 05 de agosto de 2006,na cidade de São Francisco, no Swedish American hall.
Matt organizou tudo de última hora, em cerca de três semanas; embora a idéia de reunir os usuários de WordPress já lhe fosse um pensamento antigo.
Afinal, embora houvesse uma grande comunidade de pessoas interessantíssimas, congregada pelo WP, Matt percebeu que, naquela época, não existia um encontro, uma oportunidade, para que os usuários se conhecessem e interagissem pessoalmente – ainda que muitos trabalhassem em projetos conjuntos – só se conheciam à distância.
E, como não poderia deixar de ser, o primeiro WordCamp da história, foi concebido por Matt em um estilo “BarCamp” (que é “uma reunião pontual, nascida do desejo das pessoas de compartilhar conhecimentos e aprender, em um ambiente aberto”).
Churrasco no almoço (grátis), distribuição de camisetas do WordPress, e um dia inteiro para usuários e desenvolvedores conversarem sobre a ferramenta. O que poderia ser melhor, para os apaixonados pelo WP?
Para Matt, ainda que não desse certo (sim, acredite, ele considerou tal hipótese), seria, no mínimo, divertido.
Compareceram, no WordCamp de São Francisco, em 2006, cerca de 300 pessoas, e o evento foi tão bem sucedido, que hoje há fins de semana em que ocorrem quatro WordCamps, ao mesmo tempo, em diversos países do mundo!
Isso fez com que, por exemplo, Matt viajasse, somente em 2008, durante 212 dias – rodando uma distância que equivale a 7,5 vezes o diâmetro da Terra.
Como eu cheguei ao primeiro WordCamp-BR?
Volto ao nosso WordCamp Brasil, e a história de como me envolvi em sua organização; quebrando, aqui, o “estilo” habitual do blog, em que falo pouco sobre mim, e muito mais para os outros.
Na semana passada, eu lia um artigo sobre o WordCamp de São Francisco 2009, e, por um feliz acaso, cheguei ao site do evento que seria realizado aqui em São Paulo, o WordCamp_BR.
Meu ímpeto de satisfação imediata naufragou, quase que instantaneamente, quando constatei que todas as 300 inscrições gratuitas já estavam preenchidas, e, a fila de espera, com 150 pessoas aguardando a vaga, com uma eventual desistência de algum dos inscritos.
Ou seja, fiquei sabendo do evento, porém tarde demais…
Pior de tudo, o próprio Matt Mullenweg iria abrir o encontro, e palestrar sobre o WordPress, uma oportunidade única – não podia perdê-la!
Mea culpa, pois, afinal, eu é que não conhecia sequer a existência da comunidade WordPress-BR, responsável por organizar o primeiro encontro no Brasil. Quem manda buscar suporte apenas em inglês?
Com calma, verifiquei que, além da palestra de abertura do WordCamp Brasil, Matt falaria em outro evento, o CMS Brasil 2009.
Porém, como nem tudo são flores, ao contrário do WordCamp-BR, o CMS Brasil 2009 era um evento pago, e cujo foco eram três plataformas de gerenciamento de conteúdo, dentre elas o WordPress. Um encontro direcionado a profissionais, não a meros blogueiros, como eu.
Nada contra a cobrança, pelo contrário: o CMS Brasil 2009 foi muito bem organizado, e trouxe excelentes palestrantes, além de Matt; sem contar as oficinas; enfim, aprendi muito por lá, e provavelmente voltarei no ano que vem.
Decidi, então, ir à CMS Brasil 2009, pois recordei uma palestra que assisti, há uns anos, com Jon “Maddog” Hall, fundador do Open Source Internacional, e do fato de que, daquele dia em diante, minha visão sobre informática foi transformada (para melhor, acredito).
Jon disse que todos os softwares deveriam ser livres e flexíveis, e que, para atender necessidades específicas ou não compreendidas na distribuição padrão, os programadores e desenvolvedores ganhariam, com seu trabalho de customização do programa.
Maddog ressaltou a importância da pessoalidade, do contato direto entre o destinatário final, o usuário dos serviços e os desenvolvedores – raro, nos dias atuais (isso, ainda hoje, existe e é valorizado na Automattic – o suporte personalizado).
Há pessoas que me sinto na “obrigação” de ouvir, foi assim com Jon, seria assim com Matt: paguei minha inscrição para o CMS Brasil 2009, em 18.06.09.
“As confirmações”.
19.06.09
Recebi a confirmação de minha inscrição na CMS Brasil à tarde, apenas um dia antes do evento.
Na mesma sexta-feira, também recebi, por e-mail, a resposta de Cátia Kitahara (WordPress-BR) sobre a “convocação de voluntários“. Quando eu percebi que as vagas para o WordCamp Brasil estavam todas tomadas, pensei: já que não posso assistir, vou colaborar; e, por tal razão, concomitantemente à inscrição do CMS, eu havia me voluntariado para ajudar no WordCamp.
Cátia participaria de uma mesa redonda, na manhã seguinte, no CMS Brasil, juntamente com o próprio Matt Mullenweg e Paulino Michelazzo, da Fábrica Livre.
Bem, fui dormir feliz, pois assistiria à palestra de Matt no CMS, e ajudaria no WordCamp!
“CMS Brasil, montagem e preparação do WordCamp-BR”.
20.06.09
Acordei cedo, e fui para o Novotel Jaraguá São Paulo Conventions, onde o CMS Brasil ocorreria.
Um pouco atrasado (como sempre), entrei no auditório exatamente no início da apresentação de “Introdução às metodologias ágeis de desenvolvimento de software”, com Guilherme Chapiewski, que achei excepcional.
A seguir, a esperada palestra “WordPress”, com Matt Mullenweg, criador da ferramenta:
Minha primeira surpresa: Matt tem apenas 25 anos, e não bastasse ser criador do WP, é um exímio orador, capaz de conquistar uma platéia em menos de um minuto, com sua simplicidade, paixão e simpatia.
Matt terminou sua fala, dizendo que responderia às perguntas de todos, durante a mesa redonda a ser realizada, logo após um intervalo de “uns 30 minutos”.
No”coffee break”, uma mesa farta e bem montada, em uma sala ao lado do auditório; mas, para Matt não houve nem “coffee”, nem “break”.
Ele sequer conseguiu se afastar do palco, muito menos sair do auditório, rodeado por participantes, que lhe faziam perguntas, tiravam fotos – (e eu tampouco, já que fiquei ali observando tudo isso).
Uns vinte minutos depois, começou a aguardada mesa redonda: Matt Mullenweg, Paulino Michelazzo e Cátia Kitahara; e minha segunda e agradável surpresa: José Fontainhas.
José é o mais novo contratado da Automattic, e, dentre os inúmeros idiomas que domina (além de inglês, francês, alemão e espanhol, pelo que pude perceber), fala português!
Zé, como é conhecido, é português nato, e hoje mora em Portugal, próximo a Lisboa, com sua esposa e filhas. Fundou a Portuguese WordPress Community , e é co-fundador da Brazilian WordPress Community. Além disso, tal como Matt, tem afinidade com a música (um é baterista, e o outro saxofonista), e é um profundo conhecedor do WP; e formado em Ciências da Computação e Relações Internacionais pela Universidade Webster de Viena; ocupando, hoje, o cargo de Outernationalist na Automattic.
Cátia e Zé já estavam envolvidos no desenvolvimento de uma tradução oficial do WordPress para o português do Brasil; desde, ao menos, março de 2008.
A mesa redonda foi ótima, com um verdadeiro “bombardeio” por parte da platéia do CMS Brasil, lançando à Matt indagações bastante pertinentes e elaboradas, que ele mesmo classificou como “ótimas”, por diversas vezes.
No almoço, não resisti ao sanduíche de pernil tradicional do Bar do Estadão, que para mim ainda faz jus ao título de melhor da cidade.
No período da tarde, assisti à oficina ministrada por Leo Germani, “WordPress na fonte!”, bastante interessante; e que me inspirou a experimentar mais, na versão de meu blog hospedada em servidor próprio.
Fui fumar na rua, em frente ao hotel (hábito que larguei durante 6 anos, e retomei há 15 dias). Do meu lado, o Zé Fontainhas.
Não aguentei, e me apresentei a ele; e lhe disse que , em minha opinião, sua presença na Automattic era fundamental para o crescimento do WP em lingua portuguesa, especialmente no Brasil.
Muito simpático, Zé agradeceu, fez que nem era assim tão importante (e acredite, ele é), e me perguntou se eu participaria do WordCamp. Expliquei a ele: vou, como voluntário, e se houver vagas para voluntários. (eu imaginei, sinceramente, que uma multidão de pessoas disputaria a oportunidade de ajudar no primeiro WordCamp).
Para isso, eu teria que deixar o CMS Brasil e dirigir-me à FUNARTE, às 16h:00. Como o CMS terminava à 17h50, oficialmente, eu perderia uma parte do evento que paguei, para ajudar no evento gratuito do qual não poderia participar. Fina ironia, não é?
Mesmo assim, a afinidade pelo WP falou mais alto, às 16h:30, lá estava eu na FUNARTE.
Cátia Kitahara e Leo Germani, juntamente com o pessoal da comunidade WordPress-BR (SeuFelipe, Edu, Marcelo Mesquita, Pedro, Guilherme), eu e mais dois voluntários: Felipe S. Gomes e Marco Terra.
E acredite, Zé Fontainhas estava lá também – o “automáttico” também carregou caixas, camisetas, mesas, separou materiais, ajudou (e muito) a montar, um a um, os 310 kits de boas-vindas aos visitantes (com buttons – e não “broches”, por socorro ao Zé; lápis do WP, caneta, adesivos, tatuagem do WP, além da camiseta do evento); e também comeu pizza conosco, em pé, sem prato ou talheres, no final (quase) da arrumação do WordCamp, já tarde da noite de sábado.
Quanta honra arrumar o WordCamp-BR com esse pessoal – muitos deles seriam também palestrantes no evento.
Leo e Cátia, principalmente, organizaram o primeiro WordCamp brasileiro – sem eles, o encontro não teria ocorrido…
Em dois meses, dedicaram tempo e energia, abdicaram de seu descanso, aventuraram-se entre patrocínios, contatos, incertezas, e todas as dificuldades inerentes à organização de um encontro deste porte.
O apoio incondicional de Zé Fontainhas também foi fundamental.
Durante o dia da montagem do WordCamp-BR, eu, que não conhecia ninguém, fui me reconhecendo naquele pessoal…
Quanta alegria, constatar que havia já uma comunidade atuante do WP no Brasil, formada por indivíduos que realmente amam e entendem a ferramenta, e seu espírito.
Agradecimento especial ao pessoal da área técnica da FUNARTE de São Paulo, Fred e Mauro, que colaboraram com o apoio necessário: antes, durante e depois do WordCamp.
Logo antes de ir embora, Leo Germani chegou ao meu lado e disse: “Você tem carro“?
Respondi que sim.
“Onde você mora“? – perguntou Leo.
Então, ouvi: “Será que você poderia trazer o Matt e o Zé, amanhã, do hotel para o WordCamp“?
Disse, brincando que não, pois domingo cedo estaria ocupado. Antes de Leo responder (ele acreditou) – eu falei que a resposta era SIM, pois, além de ser ao lado de casa, seria uma grande honra.
Quando saímos, já nem sei a que horas, SeuFelipe, Edu e Zé foram comigo, todos ansiosos com a primeira edição do WordCamp por aqui – quantas risadas demos no caminho.
Só na hora de dormir que percebi que não tinha o telefone ou qualquer meio de contato com ninguém – se algo desse errado, ou mudasse, não seria avisado e não teria como avisá-los.
Então, sem vislumbrar alternativa, lembrei do twitter, e da tag #wordcamp-br, combinada para o evento – esse seria meu meio de comunicação.
“WordCamp-BR, primeira edição – Matt Mullenweg e Zé Fontainhas em meu carro!”
21.06.09
Acordei mais cedo ainda, no domingo, tinha que estar no hotel às 08h.:30, e levar Matt e Zé para o WordCamp-BR.
Quem diria? Há dois dias, não sabia nem se conseguiria assistir à ambos na CMS (pagando por isso)…
Nem preciso descrever como, para mim, foi uma oportunidade especial e única.
A informática está presente em minha vida, há tempos – uso computador, todos os dias, desde os meus 6 anos de idade, e um velho CP200, da Prológica; e acesso a internet, diariamente, desde 1.994; e antes ainda, as antigas BBS.
Matt Mullenweg é um dos “PC World’s Top 50 People on the Web“, além de “Inc.com’s 30 under 30“, e foi eleito pela Business Week uma das “25 Most Influential People on the Web”; ou seja, além de ser “fotógrafo, ex-músico, e criador do WordPress e fundador da Automattic , Matt é um cara que “entende” a rede, e que, antes dos seus 25 anos de idade, transformou a internet, criando uma ferramenta esplêndida de comunicação, que é o WP.
Como Matt fez questão de ressaltar, tanto em seu discurso proferido durante a CMS Brasil, como também no WordCamp-BR, se o WordPress dependesse só dele, nada disso teria acontecido. Ele sabe do valor e da importância das contribuições valiosas da comunidade, no desenvolvimento contínuo do WP, e faz questão de destacar isso.
Mas não é só! Matt tem um estilo absolutamente peculiar de trabalho, descrito por ele em um post publicado em seu blog, “The Way I Work, annotated“. O artigo foi uma resposta dele à coluna de Julho da revista Inc. magazine’s , pág. 114; que, embora tenha sido escrito em primeira pessoa, não foi elaborado diretamente por ele, que também não teve a permissão de revisar o conteúdo, antes de sua publicação.
Por tal motivo, Matt reescreveu o texto “original”, colocando diversos links, que enriquecem ainda mais sua narrativa. Desse modo a revista, ainda que indiretamente, proporcionou um retrato fiel do dia de hoje de Matt, pelo que agradeço.
A Automattic, até pouco tempo atrás, nem mesmo tinha um local físico; e hoje, seu lindo escritório é pouco usado para trabalho – e, sim, para festas.
Ali não há hierarquia, nem funções pré-definidas, controles, horários, nada disso. Liberdade e flexibilidade, pautam as atividades da empresa que, entre outras coisas, mantém o WP.
Bem, eu poderia aproveitar o tempo de carona, e fazer a Matt uma entrevista exclusiva para meu blog. Mas, ponderei, além de desleal, isto seria impertinente.
Às 08h.23 de 21.06, despachei a seguinte mensagem no twitter: “aguardando Matt e José no hotel #wordcamp-br“.
Cheguei adiantado sete minutos, mas Zé já estava por lá. Conversamos sobre a arrumação do WordCamp, e sobre Mark Riley, um inglês que trabalha na Automattic, e com quem tive a oportunidade de travar diversos contatos, por conta de meu uso do WP; e comentei justamente como o suporte feito por ele, com doses de humor e grande personalidade, era um grande diferencial – e admirável, ainda mais em se considerando os milhões de blogs hospedados no WordPress.com.
Zé disse que visitara meu blog na noite anterior, e que já havia ouvido falar dele (sério? imaginei – deve ser de tanto que eu chateio o Mark).
Matt apareceu, bem disposto, e Zé nos apresentou.
Muito bem humorado, Matt entrou no carro, ajeitou sua mochila, e sua máquina fotográfica, e, às 08h:49, postei no twitter: “Matt e José deixando o hotel para o #wordcamp-br“.
Durante o caminho Zé mencionou a Matt que eu tinha um blog hospedado no WordPress.com; e eu contei que havia lido o seu artigo “The Way I Work, annotated“, na noite anterior – e ele ficou bastante surpreso, e riu.
Matt navegou em seu Iphone (equipado com a skin do WordPress), observou e tirou fotos da paisagem de São Paulo, e se mostrou aberto e simpático durante todo o percurso.
Zé Fontainhas, ao adentrar a Av. Paulista, comentou com Matt, que ali fora filmada uma das cenas de “Blindness“, por Fernando Meirelles; mas Matt, se viu o filme, não se lembrou.
O fato engraçado é que tanto Zé, quanto Matt, possuem a virtude da modéstia. Em pouco tempo, você esquece “quem” são.
Então, antes de chegarmos ao nosso destino, eram, simplesmente, Zé e Matt.
Por volta de 09h:08, deixei-os na porta da FUNARTE, e fui estacionar o carro. Antes de descerem, agradeceram o “favor”.
Como os inscritos demoraram um pouco a chegar, a palestra de Matt foi postergada para as 10h:00, mas, em nenhum momento ele se incomodou.
A programação do WordCamp Brasil estava riquíssima, e todas as palestras foram muito bem recepcionadas pelo público.
Em especial, consegui assistir na íntegra: “Apresentação“, por Matt Mullenweg; e “BuddyPress“, por José Fontainhas.
A exposição de Matt foi diferente da do dia anterior, no CMS Brasil.
Matt falou mais sobre si mesmo, mostrou seu primeiro blog, e contou como a criação do WordPress se deu quase que “por acaso”.
Demonstrou a flexibilidade da ferramenta, com diversos exemplos de sites, e ressaltou os temas “P2”, que cria um ambiente de microblogging, como o twitter, no WP; e “Monotone”, que é um tema simples e dinâmico para photo-blogging, em que a dimensão e predominância de cores da foto postada são analisadas automaticamente, e o design da página se ajusta sozinho a cada fotografia.
Discursou sob perspectivas futuras, respondeu às perguntas da platéia, e fez um pedido: queria que todos se juntassem, para que pudesse tirar uma foto:
Na apresentação “BuddyPress“, Zé Fontainhas demonstrou as características do “BuddyPress” , que é um plugin para WordPress MU (cujo código, conforme também anunciado na conferência por Matt, será unificado com o do WordPress; e o MU passará a existir como opção de instalação, sem que isso interfira ou atrapalhe os usuários atuais do WP).
O “BuddyPress” cria uma rede social própria, que pode ser usada por grupos, por nichos específicos de pessoas, tais como: funcionários de uma empresa, alunos de uma escola, membros de uma igreja, de um time esportivo. etc.
Neste site demonstração, é possível conferir o desempenho do “BuddyPress“.
Zé ressaltou a facilidade de instalação, e elasticidade da ferramenta para atender aos mais diversos grupos de pessoas.
Não posso deixar de anotar, além disso, o elogio que Zé fez em sua fala, a um post escrito por Marcelo Mesquita, que em suas palavras “foi muito apreciado dentro da Automattic”. Marcelo, além de ajudar na organização do WordCamp, nos deu mais este orgulho – saber que a empresa por detrás do WP está atenta ao desenvolvimento de conteúdo por brasileiros.
Consegui, também, por conta de estar auxiliando na organização, ver parcialmente as conferências “WordPress para designers“, por Felipe Coelho Kussik (SeuFelipe); “Mesa Carreira: como mídias sociais formam a sua identidade profissional e ajudam – ou se tornam – o seu ganha-pão“, e “Case: Pensando em WordPress para grandes audiências“, por Diego Cox – todas de ótima qualidade, agradaram muito os espectadores (e a mim também).
Matt e Zé assistiram às apresentações dos demais palestrantes, e participaram na integralidade do WordCamp Brasil: todos aqueles que tomaram parte do encontro puderam se aproximar livremente de ambos, que deram autógrafos, tiraram fotos, e conversaram o dia todo.
Foram, dentre outros inscritos, só mais “dois” participantes do WordCamp-BR; estavam por lá, como todos nós.
O término do WordCamp-BR foi uma catarse: a construção de um mind map gigante, escrito por todos os participantes do primeiro WordCamp do Brasil.
Nele, Matt escreveu “GPL“.
E Zé, resumiu: “Tudo o que não dás, perde-se”.
Ponderações finais:
O WordCamp-BR foi marcado por inúmeras dificuldades aos organizadores: tempo curto, muitas tarefas (e pouca gente para executá-las), imprevistos, etc.
Mas, no primeiro WordCamp-SF, organizado por Matt, isto também ocorreu.
E, acredito que, em ambos, o resultado final não poderia ter sido mais positivo, nem que houvesse o planejamento “ideal”.
O objetivo do encontro é aproximar pessoas – e isso, com certeza, aconteceu.
A proposta de discutir e aprender WP, durante todo o dia, é sensacional.
Do lado do criador do software, então, nem se fala.
Conheci autores de sites que eu já frequentava e admirava, como o Movimento Seinfeld (de SeuFelipe, o “cientista louco” de WP); Marco Terra, do Publicijobs; Edu, Pedro, Cátia, Leo, Guilherme e Marcelo (Equipe Xemelê), Felipe, entre tantos outros.
Toda a comunidade brasileira que utiliza WordPress saiu vitoriosa e fortalecida com a realização do encontro.
Com certeza, no próximo ano, a edição do WordCamp-BR será maior ainda!
O fato de Matt vir prestigiar o evento, por si, também denota a importância e reconhecimento dados, pela Automattic, a nosso país.
Mas, em meu entendimento, a notícia mais significativa, para conjunto de usuários brasileiros, atende pelo apelido “Zé”.
José Fontainhas escreveu que sua missão é ajudar o WordPress (e outros projetos) a se tornarem ainda mais completos, elegantes, e coerentes com a utilização internacional e regional. Ele vai fazer isso, sem dúvida, e muito mais.
Vai emprestar seu humanismo e sensibilidade; contribuindo, ainda mais, com o espírito que norteia a Automattic e o WordPress.
Seus esforços pela concepção de um WordPress verdadeiramente brasileiro podem ser vistos no blog, em português, do WordPress.com, trazendo as últimas notícias da ferramenta; e no fórum brasileiro do WordPress.com; além de seu valioso apoio à iniciativa da Cátia e da comunidade WordPress-BR no empenho de tradução de temas, plugins e do Codex do WP.
Por fim, quanto ao WordCamp Brasil, como disse Winston Churchill: “Isto não é o fim. Não é sequer o princípio do fim. Mas é, talvez, o fim do princípio.“
A pedra fundamental foi lançada, por Cátia, Leo, e todos aqueles que ali compareceram.
E, já com saudades, espero ansioso, a WordCamp-BR 2010.
Enfim, “não há coincidências”, como bem disse Zé.
PS1.: Se puder, deixo aqui uma sugestão: ano que vem, vamos procurar: um patrocinador para nosso “churrasco grátis” (como Matt fez na 1ª WordCamp-SF); e um outro para fornecer conexão de internet. ; )
PS2.: Após a WordCamp, tive um agradável encontro, no Bar do Alemão, com algumas pessoas que participaram da organização. Ali, pude apreciar o espetáculo único proporcionado por Seu Felipe e Edu – que são engraçadíssimos; com os quais dividira, naquela tarde de WordCamp, uma “abstinência alimentar” compulsória – já que não conseguimos almoçar no intervalo (para “zelarmos” pela organização), enfim, tudo em prol do WP.
A ida ao Bar do Alemão (e a volta!), por si, já seriam histórias para mais um post.
Ps3.: Também é digno de um artigo isolado, o ótimo jantar que tive com Zé, na segunda-feira (22.06.09); e, no intuito de dar-lhe uma “folga”, convidei um grande amigo (que não entende nada de WordPress) – não falaríamos de WP, sentenciei.
Resultado do jantar: Carlo, meu amigo, iniciou, alguns dias depois, um blog pessoal, com os ensaios de sua banda: “Caiuby Record Sessions”.
Cuidado, então… WordPress é contagioso!
- Matt Mullenweg, CMS Brasil 2009
- Cátia, WordCamp Brasil 2009
- Cátia e Leo Germani, WordCamp Brasil 2009 – abertura oficial.
- Zé Fontainhas e Matt Mullenweg, WordCamp Brasil 2009.
- Cátia e Leo Germani, WordCamp Brasil 2009 – abertura oficial.
- Zé Fontainhas e Matt Mullenweg, WordCamp Brasil 2009.
- Leo Germani, WordCamp Brasil 2009.
- Leo Germani, WordCamp Brasil 2009.
- Matt Mullenweg, WordCamp Brasil 2009.
Imagens do WordCamp-BR:
Matofino– Flickr;
Pedro Germani – Flickr;
Picasa Pictures Album, por Ana Claudia
WordCamp Setup – Flickr de Zé Fontainhas
WordCamp Day – Flickr de Zé Fontainhas
Marcelo Costa – Flickr;
Hostnet– Flickr;
Cláudia Regina – Flickr;
“Giant mindmap”, video, por Marcio Okabe.
Posts escritos sobre o WordCamp-BR:
“O WordCamp é nosso“, por Seu Felipe
“WordCamp Brasil 2009: Uma história de feitiço”,
por José Fontainhas
“O meu WordCamp Brasil – parte 1″, por Cátia Kitahara.
“WordCamp Brazil 2009“, por José Fontainhas (em inglês)
Speaking at WordCamp, por Daniel Scocco, do “Daily Blog Tips” (em inglês)
WordCamp Brasil 2009, por Henrique Cintra
Tudo o que não dás, perde-se, por Ana Claudia
WordCamp Brasil 2009, Matt Mullenweg e José Fontainhas, por Marcelo Costa
WordCamp, por iCaju
WordCamp Brasil, Brazil, Brésil, por Cerejuda
“Tudo o que não dás, perde-se”, por Felipe S. Gomes
WordCamp-BR no twitter (hashtag #wordcamp-br)
OLHA TUDO QUE TORNA A VIDA MAIS FÁCIL EM QUESTÕES DE INTERNET E NAVEGAÇÃO E BOM PRA NÓS INTERNAUTAS..CONTINUE ME ENVIEANDO MAIS DICAS QUE NOS FACILITE A GESTÃO DA VIDA E DO TEMPO…OBRIGADO
Sem dúvida, o melhor post sobre o WordCamp
Quando saem as histórias do bar do alemão?
[ ]s do Frei
Obrigado, Frei – vindo de você é um p. elogio.
Espero conseguir escrever, ainda neste final de semana, sobre o “fim” da WordCamp.
abração